O Robonauta foi levado para a Estação Espacial Internacional em um dos últimos voos dos ônibus espaciais.
O principal objetivo do experimento, fruto de uma parceria entre a NASA e a GM, é desenvolver robôs que possam usar as mesmas ferramentas que os humanos.
O primeiro projeto, que agora está sendo colocado em marcha, é o desenvolvimento de luvas que atendam a dois requisitos: possam ser usadas por robôs e por humanos - já que ambos terão que usar as mesmas ferramentas -, e que ajude a evitar as lesões por esforços repetitivos nos trabalhadores da indústria.
O Robonauta será uma boa bancada de testes para isso, graças ao nível de destreza alcançado no desenvolvimento de suas mãos, que possuem sensores, atuadores e tendões comparáveis aos nervos, músculos e tendões de uma mão humana.
E ele não terá LER ou DORT se ficar testando uma luva por dias ou meses a fio.
Luva robótica
O primeiro protótipo da luva robótica mostrou que é possível reduzir a fadiga dos músculos das mãos, que se cansam depois de alguns minutos segurando a mesma ferramenta.
A grande vantagem é que a luva possui atuadores ativos, uma espécie de multiplicador de força - por exemplo, enquanto ferramentas usadas pelos astronautas no espaço pesam entre 7 e 10 quilos, o astronauta poderá manter a ferramenta firme fazendo uma força equivalente a 5 quilos.
Mais uma imagem de impacto criada pela NASA para divulgação, mostrando que os robôs podem dar uma mãozinha para os humanos. [Imagem: NASA]
"Quando totalmente desenvolvida, a luva robótica poderá reduzir a intensidade de força que um metalúrgico tem que exercer quando manipulando uma ferramenta por um longo período de tempo, ou em movimentos repetitivos," disse Dana Komin, uma das engenheiras responsáveis pelo projeto.
Luva ativa
Atuadores semelhantes aos usados nas mãos do Robonauta foram incorporados na parte superior dos dedos da luva.
Sensores de pressão, também iguais aos do Robonauta, detectam quando o usuário da luva está fazendo força e acionam os atuadores no mesmo sentido do movimento, aliviando a carga do trabalhador.
Os protótipos pesam cerca de 2 quilos e incluem a eletrônica de controle, atuadores e um pequeno visor para a programação e diagnóstico da luva robótica.
Uma bateria de lítio deve ser pendurada no cinto, para alimentar o sistema todo.
Um protótipo de terceira geração, já em desenvolvimento, vai usar componentes integrados, para reduzir o tamanho e o peso do sistema.
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